"Na nova realidade política internacional, muitas empresas russas começaram a trabalhar mais ativamente com os países latino-americanos, incluindo o Paraguai", afirmou Pisarev.
Nos primeiros cinco meses deste ano, as exportações da Rússia para o Paraguai quase dobraram, somando US$ 116 milhões (R$ 610 milhões), o que sugere que há interesse em desenvolver laços comerciais e econômicos bilaterais.
"Estou convencido de que algumas das tendências negativas deste período de adaptação logo serão deixadas para trás e o volume de negócios russo-paraguaio voltará a crescer, trazendo benefícios tangíveis para os povos de nossos países", acrescentou Pisarev.
Desde o lançamento da operação militar especial russa na Ucrânia, os países ocidentais adotaram vários pacotes de sanções contra a Rússia.
Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
A escalada de sanções transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 11.254 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais que o triplo das 3.637 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.614), a Coreia do Norte (2.111), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a política de conter e enfraquecer a Rússia é a estratégia de longo prazo do Ocidente e que as sanções foram um duro golpe para toda a economia global.