A inflação fechou o mês de junho com uma alta de 0,67%, com aceleração em relação a maio, quando avançou em 0,47%. Com isso, o percentual acumulado dos últimos 12 meses ficou em 11,89%.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8). É o décimo mês consecutivo que a inflação no país fica acima dos dois dígitos e da meta de 3,5%, com oscilação entre 2% e 5%, estipulada para 2022 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Entre os grupos que registraram alta em junho, estão os de alimentação e bebidas (0,80%), habitação (0,41%), artigos de residência (0,55%), vestuário (1,67%), transportes (0,57%), saúde e cuidados pessoais (1,24%), despesas pessoais (0,49%), educação (0,09%) e comunicação (0,16%).
Outro setor que registrou alta foi o de planos de saúde, que avançou 2,29%. Segundo o IBGE, o resultado reflete o aumento de 15,5% autorizado em 26 de maio pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com vigência a partir do mesmo mês.
O Banco Central (BC) já admitiu que a meta deste ano será descumprida, assim como ocorreu em 2021. Apesar disso, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, se mostrou otimista em um evento em junho em Lisboa, afirmando que "há um componente de aceleração", mas que "o pior da inflação no Brasil já passou". Na semana anterior ao evento, o BC elevou a projeção do produto interno bruto (PIB) para 2022 de 1% para 1,7%.