O ex-presidente Lula reuniu, pelas estimativas do PT, cerca de 50 mil pessoas em ato na Cinelândia, no Rio de Janeiro. Logo no início de sua fala, o petista criticou a falta de transparência do governo Bolsonaro.
"Tudo é sigilo de 100 anos. Vou quebrar esses sigilos de 100 anos no primeiro decreto que fizer", declarou.
O evento contou com a presença de seu pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), de Marcelo Freixo, pré-candidato ao governo do Rio apoiado por Lula, e de André Ceciliano, pré-candidato ao Senado, além de outras lideranças.
Ao longo de seu discurso, Lula reforçou a posição do PT em exigir que Ceciliano integre a chapa majoritária como candidato ao Senado. O deputado federal Alessandro Molon, presidente dos socialistas no Rio, tem defendido sua candidatura, o que causou um imbróglio entre as siglas.
Molon não ficou na linha de frente do palanque, mas discursou enquanto presidente do PSB no estado. Ele deu indiretas a Ceciliano, criticando o parlamentar por manter relações com o governador Cláudio Castro (PL), alinhado ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Depois, já com Lula no palco, Ceciliano chamou Molon de covarde: "Lula precisa de um senador que não vai tirar o pé da bola dividida; que não vai abandonar, como muitos covardes fizeram", disparou.
Lula e seus aliados destacaram a importância da união ampla das forças progressistas para derrotar Bolsonaro e resolver problemas que afligem o Brasil.
O ex-presidente afirmou que a fome é irresponsabilidade de quem governa e citou questões específicas do Rio, como a necessidade de recuperar a indústria naval e resolver o problema da violência.
Ele defendeu uma Petrobras gerida pelo Estado e disse que, para isso, é preciso voltar a desenvolver a indústria naval fluminense.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, agradeceu aos partidos que compõem o movimento Vamos Juntos pelo Brasil, da chapa Lula–Alckmin, e disse que a união será fundamental para "evitar que o fascismo avance no Brasil".
O ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato a vice de Lula, disse que ao viajar o país com o ex-presidente, vê de norte a sul um movimento de volta da esperança. "Vamos ter uma grande festa cívica daqui a 90 dias", declarou.