O presidente polonês, Andrzej Duda, na abertura do Conselho de Segurança Nacional da república, afirmou nesta segunda-feira (4) que o mar Báltico, com o ingresso dos dois países na OTAN, está virando uma bacia interior da Aliança Atlântica.
Ao comentar o fato de a câmara baixa do parlamento polonês ter apoiado quase unanimemente a ingressão da Finlândia e Suécia, ele expressou na sexta-feira (8) o desejo que a câmara alta convoque uma sessão adicional para acelerar o processo.
"Seria melhor que a sessão adicional do Senado ocorra o mais rápido possível. É importante para a segurança de nosso país, porque com a adesão da Suécia e Finlândia à OTAN os países da bacia do Báltico vão se tornar mais seguros. O próprio mar Báltico de fato virou um mar interior da OTAN, se ainda acrescentarmos o grande potencial tanto da Suécia, como da Finlândia", afirmou o ministro.
Mariusz Blaszczak acredita que após a admissão dos novos membros a Aliança Atlântica se fortalecerá significativamente. "No caso da Suécia, são as armas de alta tecnologia, e no caso da Finlândia é a defesa geral bem-organizada. A presença desses países na OTAN certamente reforça a aliança", constatou.
Durante a cúpula de 29 de junho, os líderes dos países-membros da OTAN convidaram oficialmente a Finlândia e a Suécia a aderir ao bloco, o que se tornou possível após várias rodadas de negociações com a Turquia, em resultado das quais Ancara retirou suas objeções ao ingresso dos novos membros.
A Rússia disse várias vezes que a OTAN tem a confrontação como seu objetivo. Moscou, por sua vez, insiste que continua aberta ao diálogo com o bloco, mas na base de igualdade, enquanto o Ocidente deve renunciar ao rumo de militarização do continente europeu.