De acordo com o site, a PF confirmou a prisão do peruano Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia. Ele já era investigado por suspeita de tráfico e compra ilegal de pescado, segundo o UOL.
O suspeito foi detido pela delegacia de Tabatinga (AM) em flagrante, usando documentos falsos, na quinta-feira (7). A pena para esse delito pode passar de quatro anos e não permite pagamento de fiança.
Bruno Pereira e Dom Phillips foram assassinados no dia 5 de junho, quando o indigenista e o jornalista faziam uma viagem na terra indígena Vale do Javari, no Amazonas. Seus restos mortais foram encontrados no dia 15 de junho, após um dos suspeitos confessar envolvimento no crime.
O indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira, em março de 2019. Foto de arquivo
© Foto / Funai / Bruno Jorge
Em coletiva de imprensa mais cedo nesta sexta-feira (8), o delegado da PF no Amazonas, Eduardo Fontes, afirmou que Colômbia nega a participação no duplo homicídio, ainda de acordo com o UOL.
A suspeita da PF é que ele comandava um esquema de compra de pescado ilegal, em seguida exportado para lavar dinheiro do tráfico de drogas produzidas no Peru e Colômbia. A polícia já pediu sua prisão temporária para aprofundar as investigações.
Também nesta sexta-feira (8) vence o prazo das prisões dos outros suspeitos de participação no crime: Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado; Oseney da Costa de Oliveira, o Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha.
O UOL informou que, segundo a PF, a Justiça decidirá a qualquer momento sobre o pedido de prisão preventiva dos três.
A Comarca de Atalaia do Norte (AM) repassou a investigação do caso para a Justiça Federal, que ainda não se manifestou. Segundo a juíza Jacinta Silva dos Santos, "a competência da Justiça Federal ocorre toda vez que a questão versar acerca de disputa sobre direitos indígenas".