"As sanções proíbem transferir qualquer equipamento relacionado ao gás", disse a fonte do ministério.
"Se, Deus nos livre, esta decisão for aprovada, nós certamente apelaremos aos nossos colegas europeus para que a sua abordagem seja reavaliada. Porque se os países não seguem as decisões que acordaram sobre sanções, como podemos falar de solidariedade?"
Por enquanto, nem o Ministério dos Recursos Naturais do Canadá, nem ministros alemães comentaram os relatos da agência.
A decisão de devolver a turbina já foi tomada, disse uma fonte familiarizada com o assunto, acrescentando que o Canadá e a Alemanha não querem que a turbina seja uma desculpa para a Rússia cortar o fornecimento de gás através do gasoduto Nord Stream 1.
O ministro da Energia ucraniano, German Galuschenko, teria pressionado o Canadá a não enviar a turbina à gigante de gás russa Gazprom, no mês de junho, de acordo com uma carta obtida pela Reuters.
O ministro argumentou na carta que a Rússia ainda tem a capacidade mais do que suficiente através de suas rotas de trânsito para manter o fornecimento de gás sem a turbina localizada no Canadá.
"Existem sete turbinas, esta é apenas uma delas, e as que estão operando agora são suficientes para a capacidade total", constatou a fonte.
A Ucrânia tem acusado a Rússia de usar os suprimentos de gás natural como armas para pressionar aliados europeus de Kiev para reduzir o apoio deles após a Rússia ter começado a operação militar.
A empresa russa Gazprom reduziu o fornecimento do gasoduto Nord Stream 1 para apenas 40% dos níveis habituais no mês passado, citando o atraso no retorno de equipamentos sendo atendidos pela empresa alemã Siemens Energy no Canadá.