Panorama internacional

EUA impõem sanções a 28 funcionários do governo e de mídia de Cuba alegando 'desinformação'

Os Estados Unidos negaram a entrada de 28 funcionários cubanos no país, alegando que estavam envolvidos na suposta "repressão" a protestos ocorridos na ilha no ano passado, disse o Departamento de Estado norte-americano, neste sábado (9).
Sputnik
Segundo o comunicado de imprensa, a lista inclui membros do Partido Comunista Cubano "responsáveis ​​pela formulação de políticas nos níveis nacional e provincial", bem como "numerosos" funcionários de telecomunicações estatais.
Os Estados Unidos acusam os funcionários de "formular e implementar decisões políticas que restringem os cubanos ao livre acesso a troca de informações" e ao "envolvimento na disseminação de desinformação".
Em 11 de julho de 2021, os primeiros protestos em muito tempo em Cuba pediam resolução de problemas sociais, em dez cidades da ilha. Os EUA afirmam que cerca de 600 dos participantes acabaram em prisões.
As autoridades cubanas, porém, apontam que os Estados Unidos estavam por trás dos protestos, para ajudar a desestabilizar o modelo econômico do país. Os americanos negam as acusações.
Manifestantes protestam perto da sede das Nações Unidas em 23 de junho de 2021, enquanto a ONU realiza sessão sobre a necessidade de encerrar o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA contra Cuba. Foto de arquivo
As restrições a Cuba ocorrem em meio à intensificação da política de sanções dos EUA e seus aliados contra a Rússia, desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro. Entre as medidas contra Moscou estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, aço e ferro.
Na quinta-feira (7), o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o Ocidente está tentando impor um modelo de liberalismo totalitário, com proibições generalizadas em todo o mundo.
"Eles estão impondo tal modelo, um modelo de liberalismo totalitário, incluindo a notória cultura do 'cancelamento', com proibições generalizadas, em todo o mundo. Mas a verdade é que os povos da maioria dos países não querem tal vida e tal futuro, mas uma soberania real e significativa. E cansaram de se ajoelhar, humilhar-se diante de quem se considera excepcional", disse Putin, em uma reunião com líderes parlamentares da Duma de Estado (câmara baixa do Parlamento russo).
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