A informação foi veiculada pela revista alemã Der Spiegel neste sábado (9), citando fontes familiarizadas com o assunto.
Segundo a reportagem, o fornecimento de munição para os sistemas Gepard foi considerado inicialmente problemático, uma vez que os embarques da América do Sul foram reprovados pelo país produtor, a Suíça.
O Brasil chegou a ser sondado, informalmente, sobre uma eventual venda de munições, devido à aquisição desses artefatos bélicos para segurança durante os Jogos Olímpicos de 2016.
Agora, o gabinete encontrou um fabricante na Noruega, que deve garantir as entregas de munição para a Ucrânia.
Se o fornecimento de munição for acordado a tempo, as primeiras armas antiaéreas autopropulsadas para tanques Gepard serão entregues à Ucrânia no início deste mês, acrescentou a Der Spiegel.
A Rússia denunciou repetidamente um fluxo contínuo de armas do Ocidente para a zona de conflito na Ucrânia, dizendo que isso joga gasolina no fogo e atrapalha as perspectivas do processo de negociação.
No final de abril, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia enviou uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas para a Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia seria um alvo legítimo para as Forças Armadas da Rússia.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, os EUA e seus aliados iniciaram a aplicação de uma miríade de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
A escalada de sanções transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 11.254 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais que o triplo das 3.637 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.614), a Coreia do Norte (2.111), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).