Panorama internacional

Ex-chanceler alemão Gerhard Schroeder defende solução diplomática para conflito na Ucrânia

O ex-chanceler da Alemanha Gerhard Schroeder diz que não rejeitaria a possibilidade de conversas com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e defendeu abertamente uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia.
Sputnik
As declarações do ex-chefe de governo alemão foram dadas em entrevista ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung neste domingo (10).
"Não abrirei mão de minhas oportunidades de negociar com o presidente Putin", disse Schroeder ao jornal.
O ex-chanceler acrescentou que não acredita em uma solução militar para o conflito na Ucrânia, ressaltando que as hostilidades só podem ser interrompidas por meio de negociações diplomáticas.
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Na Alemanha, Schroeder é duramente criticado por ter laços estreitos com a Rússia.
Anteriormente, o Comitê de Orçamento do Bundestag (Parlamento alemão) aprovou um pedido dos partidos no poder para retirar do ex-chanceler alguns de seus privilégios em resposta à sua recusa inicial em deixar o cargo de presidente do conselho de administração da petrolífera russa Rosneft.
No fim de maio, Schroeder renunciou ao cargo de membro do conselho de administração da Rosneft em meio ao início do processo de sua expulsão do Partido Social Democrata da Alemanha e ao lançamento de uma investigação interna sobre as ligações de Schroeder com a Rússia.
A Rússia iniciou a operação militar especial na Ucrânia, em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar" e "desnazificar" o país, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.
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A missão, segundo o Ministério da Defesa russo, tem como alvo apenas a infraestrutura militar da Ucrânia.
A Rússia denunciou repetidamente o fluxo contínuo de armas do Ocidente para a zona de conflito na Ucrânia, dizendo que isso joga gasolina no fogo e atrapalha as perspectivas do processo de negociação.
Além disso, as Forças Armadas da Rússia têm acusado militares ucranianos de usar "métodos terroristas" nos combates, como fazer civis de "escudo humano" e se alojar em construções não militares.
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