"A decisão política de exportação é um primeiro passo necessário e importante para a entrega da turbina. Atualmente, nossos especialistas estão trabalhando intensamente em todas as aprovações formais e logísticas [...] Nosso objetivo é transportar a turbina para seu local de operação o mais rápido possível", diz o comunicado citado pela Reuters.
Ao mesmo tempo, o governo ucraniano denunciou a decisão do Canadá, instando as autoridades canadenses a revogá-la e "garantir a integridade do regime de sanções".
"O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia e o Ministério da Energia da Ucrânia expressam sua profunda decepção com a decisão do governo do Canadá de emitir uma permissão para devolver as turbinas Nord Stream 1 reparadas pela Siemens Canadá à Alemanha [...] O Canadá deve reconsiderar esta decisão e garantir a integridade do regime de sanções. Não pode haver exceções quando se trata de responsabilizar a Rússia", disse o ministério em um comunicado.
No início do dia, o ministro canadense de Recursos Naturais, Jonathan Wilkinson, anunciou que Ottawa havia tomado a decisão de devolver à Alemanha a turbina do Nord Stream 1 (Corrente do Norte), que a Siemens enviou ao Canadá para manutenção e que ficou retida no país devido a sanções impostas contra a Rússia.
Ottawa inicialmente se recusou a devolver as turbinas, mas o ministro da Energia alemão, Robert Habeck, pediu ao Canadá que entregasse a turbina à Alemanha em vez da Rússia para evitar problemas legais.
A Gazprom foi forçada a cortar drasticamente o fornecimento de gás através do gasoduto Nord Stream 1 em junho, depois que pelo menos duas estações de compressão foram fechadas, com as entregas totais reduzidas de 167 milhões de metros cúbicos de gás por dia para 67 milhões, em meio aos atrasos da Siemens na devolução das unidades de bombeamento de gás. Atualmente, a empresa está usando cerca de 40% da capacidade do gasoduto e já anunciou a interrupção do serviço para manutenção anual, programada entre 11 e 21 de julho.