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Temendo corte de gás russo, indústria da França recorre ao petróleo

Medida visa evitar interrupção da produção em caso de redução no fornecimento de gás russo.
Sputnik
Empresas de uso intensivo de energia da França estão acelerando os planos de contingência e substituindo o gás pelo petróleo como fonte de energia em suas cadeias de produção. A medida visa evitar a interrupção da produção em caso de redução no fornecimento de gás russo que possa levar a quedas de energia.
Executivos de várias empresas, que se reuniram em uma conferência de negócios no sul da França neste fim de semana, disseram estar se preparando para possíveis apagões no fornecimento de energia.
"O que fizemos foi converter nossas caldeiras para que sejam capazes de funcionar com gás ou óleo, e podemos até mudar para carvão, se necessário", disse à Reuters Florent Menegaux, CEO da Michelin, uma das líderes mundiais no mercado de fabricação de pneus.
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Em junho, a Rússia foi forçada a reduzir drasticamente o fornecimento de gás da Gazprom pelo gasoduto Nord Stream 1, principal rota de fornecimento do gás russo à Europa. Isso porque duas estações de compressão foram fechadas para reparos em suas turbinas de bombeamento de gás.
Essas turbinas precisam passar por revisões regulares, feitas pela empresa alemã Siemens. Uma das turbinas passou por revisão no Canadá, mas, por conta das sanções aplicadas à Rússia, ficou retida no país. Por conta disso, o gasoduto passou a funcionar com apenas 40% de sua capacidade. Neste domingo (10), a Siemens informou que vai transportar a turbina retida "o mais rápido possível".
A França não é o único país a tomar medidas contra possíveis cortes de fornecimento do gás russo. A Alemanha estuda racionar a energia fornecida à iluminação pública e está disposta a sacrificar a política verde e aumentar as emissões de carbono ao meio ambiente. Os EUA também estão aumentando a produção de carvão à medida que o país enfrenta as consequências de seu próprio boicote às exportações russas de energia.
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