A resposta do diplomata à questão sobre a possibilidade de aplicação de armas nucelares por Moscou, caso a Ucrânia tente retomar os territórios perdidos após o início da operação russa, foi publicada no site da missão diplomática russa.
"Os critérios doutrinais para um potencial uso de armas nucleares pela Rússia não podem de maneira nenhuma ser aplicados aos eventos na Ucrânia", diz a mensagem.
O diplomata qualificou de erro da Rússia "a crença de que a Ucrânia estaria interessada na resolução mais rápida através de negociações". Conforme relembra o funcionário, Kiev saiu do processo negocial em abril, "incentivada pelo Ocidente".
O erro da Dinamarca, ressalta Barbin, são as ilusões sobre a possibilidade de uma vitória militar ucraniana e as "entregas de armas, bem como o encorajamento de Kiev para continuar os combates em vez de apelos para restabelecer a paz à mesa de negociações".
Conforme as Bases da Política Estatal da Rússia no Campo da Dissuasão Nuclear, aprovadas em junho de 2020, a Rússia se reserva o direito de aplicar armamento nuclear em resposta ao uso contra ela de armas nucleares ou outro armamento de destruição em massa, bem como em caso de agressão contra a Rússia com uso de armas convencionais colocando em perigo a própria existência do Estado.
Além disso, entre as condições que determinam o uso potencial de armas nucleares pela Federação da Rússia estão: dados verificados sobre o lançamento de mísseis balísticos contra o território russo e/ou de seus aliados; ações de um adversário contra as instalações militares ou estatais de importância crítica, cuja inutilização levaria à falha das ações de resposta das forças nucleares.