Panorama internacional

EUA pedem à Índia e ao Japão que apoiem plano para limitar preço do petróleo russo

Governo indiano tem sido enfático em rejeitar às exigências de redução da dependência das importações de petróleo russo dos EUA e da União Europeia (UE), enquanto os aliados ocidentais tentam interromper as relações comerciais de Moscou como resposta à sua operação militar especial na Ucrânia.
Sputnik
Nas próximas negociações do Quad, em Sydney, na Austrália, os Estados Unidos vão pedir à Índia e ao Japão que apoiem o esforço de aliados ocidentais para limitar os preços das importações de petróleo russo, disse a secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, à Bloomberg, nesta segunda-feira (11).
"Queremos colocar na mesa a opção de ingressar em um grupo de compradores que terá maior poder de mercado para poder baixar o preço e, portanto, baixar o preço do petróleo russo e diminuir os lucros para Putin", disse Granholm durante visita à maior cidade da Austrália.
Um plano para limitar os preços do petróleo bruto russo no mercado global foi formalmente discutido pela primeira vez no mês passado, na Cúpula do G7 (grupo composto por Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá, Estados Unidos, França e Japão), na Alemanha, onde o primeiro-ministro indiano Narendra Modi também participou como convidado.
"Tomaremos medidas imediatas para garantir o fornecimento de energia e reduzir o aumento de preços impulsionado por condições extraordinárias de mercado, inclusive explorando medidas adicionais, como tetos de preços. Reafirmamos nosso compromisso de eliminar gradualmente nossa dependência da energia russa, sem comprometer nossos objetivos climáticos e ambientais", disse o comunicado conjunto do G7.
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Mídia: mundo inteiro vai pagar pelas limitações do preço de petróleo russo propostas pelo Ocidente
Desde então, especula-se que as nações ocidentais estão planejando limitar os preços do petróleo russo em US$ 40-60 o barril (cerca de R$ 215-322 reais), proibindo serviços de seguro e transporte para enviar petróleo russo, a menos que seja comprado a um preço limitado.
Os esforços ocidentais para reduzir a dependência do petróleo russo desde o início da operação militar especial de Moscou na Ucrânia levaram a uma espécie de crise energética global, com os preços do petróleo atingindo seu nível mais alto desde a Crise Financeira Global de 2008.
Apesar disso, os governos ocidentais tiveram o cuidado de não incluir as exportações de energia de Moscou em seis rodadas de sanções coordenadas, em grande parte devido à enorme dependência da União Europeia (UE) e do Japão do petróleo, gás natural e carvão russos. Apesar da campanha do Ocidente contra Moscou, os EUA e a UE falharam em afastar países como Índia e China das importações de energia russas.
Ao contrário do que o Ocidente almejava, a Índia aumentou significativamente as importações de petróleo bruto da Rússia entre fevereiro e junho, comprando mais energia nesses meses do que no ano passado. Dados do mercado financeiro sugerem que Nova Deli, o segundo maior importador de petróleo do mundo, comprou um quinto de seus suprimentos totais de Moscou em junho, um recorde histórico. Em maio, a Rússia ultrapassou a Arábia Saudita para se tornar o segundo maior fornecedor de energia da Índia.
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