Arqueólogos realizaram uma série de descobertas no antigo assentamento maia de Palenque, no México, incluindo o cemitério mais antigo encontrado até agora no local, escreveu na segunda-feira (11) o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do país.
As pesquisas foram realizadas como parte dos programas que acompanham a construção do Trem Maia, contou Diego Prieto, diretor-geral do INAH, durante uma coletiva de imprensa de López Obrador, presidente do México.
O instituto informou que durante a escavação de uma plataforma foi descoberta uma oficina de lítio, a primeira do local, de onde foi recuperado um grande número de flocos e cerca de 2.000 artefatos. Os especialistas estimam que entre os anos 600 e 850, os moradores de Palenque fabricavam ferramentas de pedra utilizadas para a caça, contextos domésticos e práticas rituais, incluindo o sacrifício.
Um grupo de exploradores também encontrou o primeiro cemitério de Palenque, onde foram encontrados enterros "únicos em seu tipo", com 46 sepulturas de esqueletos de cerca de 70 pessoas.
Entre elas estava uma mulher enterrada no último período conhecido da história do local, entre 800 e 850. Após examinar sua deformação craniana e uma série de incrustações dentárias de pedras preciosas, ela foi determinada como pertencendo à elite dominante. De acordo com os pesquisadores, isso lança uma nova luz sobre o papel da mulher na antiga sociedade maia.
Segundo Prieto, até 20 de junho foi descoberto um total de 23.778 elementos de construção imóveis, e que até 10 de julho esse número aumentou para 24.067. Já a quantidade de peças cerâmicas e de esculturas em pedra encontradas até 20 de junho era de 1.334, e de 1.345 até 10 de julho.