"A situação relativamente ao fornecimento do gás e aos preços do combustível confirmou que a posição inconsistente da Alemanha em relação ao Nord Stream 2 estava errada. O lançamento atempado do gasoduto teria permitido evitar problemas de encher as instalações de armazenamento subterrâneo de gás. Agora, os alemães estão colhendo os frutos de suas próprias ações", disse Birichevsky.
"Quanto às compensações pelo tempo de inatividade do Nord Stream 2, essa questão cabe aos investidores, entre os quais, além da Gazprom [empresa de energia russa, a maior exportadora de gás natural do mundo], há algumas empresas líderes de energia europeias", concluiu.
O gasoduto Nord Stream 2 se estende por 1.234 km, da costa norte da Rússia através do fundo do mar Báltico até a Alemanha e tem duas linhas com uma capacidade total de 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano. Sua construção terminou em setembro de 2021, mas não chegou a entrar em operação.
Agora ambas as linhas estão preenchidas com o chamado gás técnico, com o gasoduto estando de fato pronto para entrar em funcionamento. Contudo, em fevereiro de 2022, em resposta à operação militar russa na Ucrânia, a Alemanha suspendeu o processo de aprovação do gasoduto. A ministra das Relações Exteriores alemã afirmou que "o projeto está de fato congelado".