Segundo a nota da embaixada, as acusações contra a Rússia não têm nenhum fundamento, visto que o país não impede de forma alguma as exportações de alimentos e que toda a responsabilidade pelos problemas alimentares cabe à Ucrânia, que minou os seus portos.
"Consideramos tais declarações como evidência dos esforços dos EUA de reorganizar o mercado agroindustrial mundial, implicando a expulsão da Rússia da esfera do comércio de alimentos", indica o comunicado.
Além disso, a missão diplomática salientou que os importadores de alimentos têm tido dificuldades significativas em obter produtos agrícolas devido às sanções dos Estados Unidos.
"Washington está utilizando ativamente as sanções unilaterais ilegítimas que têm por objetivo bloquear a interação comercial e econômica do nosso país com o mundo exterior. Os EUA estão dispostos a interromper ainda mais as cadeias de suprimento", diz a nota.
As Nações Unidas têm avisado várias vezes que existe a ameaça de uma crise alimentar por os cereais da Ucrânia não poderem chegar aos mercados globais, sendo a Ucrânia um dos maiores exportadores de produtos agrícolas no mundo.
Kiev e os seus aliados acusam a Rússia, que segue conduzindo desde 24 de fevereiro sua operação militar no país vizinho, de estar bloqueando as exportações de grãos a partir dos portos ucranianos. Moscou, por sua vez, recusa as acusações, alegando que as exportações da Ucrânia por via marítima se encontram paralisadas por Kiev ter minado os portos do país.