Panorama internacional

França corre risco de conviver com blecautes já em 2022, diz mídia francesa

Crescem os temores de possíveis blecautes em grandes cidades francesas durante o próximo inverno, segundo reportou a mídia francesa na quarta-feira (13). As incertezas se acumulam mesmo diante das promessas do governo francês de que os estoques de gás serão repostos a tempo.
Sputnik
Conforme publicou o portal Euractiv, o problema não se resume à França e quase todos os países europeus enfrentam "sérias incertezas" em relação à segurança energética. Fontes ouvidas pelo portal afirmaram que os governos europeus "estão se preparando para possíveis blecautes" e que "executivos do setor de energia e líderes políticos [europeus] estão torcendo para que o inverno não seja frio demais".

A fonte ouvida pelo site também afirmou que os blecautes na França já são quase certos. "Grandes cidades na França quase certamente enfrentarão cortes de energia neste e no próximo ano", disse a fonte à publicação.

Diante dos alertas, a empresa operadora do sistema de transmissão de energia francês, RTE French, afirmou ao site que é impossível prever com precisão os blecautes durante o inverno devido ao alto grau de incertezas no setor.
Presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, durante cerimônia de boas-vindas na chancelaria em Berlim, 9 de maio de 2022
Mais tarde, durante audiência no Senado, Marc Benayoun, executivo-sênior da estatal de energia francesa EDF admitiu que a situação é difícil, mas disse que não acredita em possíveis blecautes no país e afastou a possibilidade.
Recentemente, o diretor-presidente da EDF, Patrick Pouyanne, pediu ao povo francês que reduza o consumo de eletricidade. Segundo ele, os cidadãos devem diminuir a intensidade de aquecedores e de aparelhos de ar-condicionado para economizar energia. Os pedidos também foram feitos por outras empresas de energia francesas, como a Total e a Engie for French.
A Europa está diante de uma crise de energia em meio às sanções aplicadas contra a Rússia devido à operação militar russa na Ucrânia. Diante das medidas restritivas e das metas da União Europeia (UE) de reduzir a importação de gás russo, cresce o risco de suspensão do fornecimento de gás pela Rússia à Europa.
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