A União Europeia (UE) vai proibir o ouro russo como parte de seu sétimo pacote de sanções e vai buscar "fechar as rotas de saída" para aqueles que contornarem suas restrições anteriores, disse o comissário da UE, Maros Sefcovic, nesta sexta-feira (15), segundo a Associated Press.
A UE vai analisar "maneiras de impor um regime de sanções ao ouro, que é uma mercadoria importante para as exportações da Rússia", afirmou Sefcovic.
"Assim que chegarmos a um acordo no nível dos Estados-membros, vamos publicá-lo", disse ele antes de uma reunião informal de ministros das Relações Exteriores da união.
A medida segue a proibição do ouro russo acordada pelas principais economias ocidentais na última reunião do G7 (grupo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) no final de junho (26).
Mais cedo nesta sexta-feira, fontes citadas pela Reuters afirmaram que Bruxelas também apertaria certas restrições anteriores, incluindo novas restrições à importação de mercadorias que poderiam ser usadas para fins militares, como produtos químicos e máquinas.
Novos indivíduos e entidades considerados próximos ao Kremlin vão ser adicionados à lista negra da UE, exigindo congelamento de ativos e proibições de viagens.
A Comissão Europeia também vai alterar as medidas punitivas anteriores para garantir que não afetem as exportações de alimentos e grãos da Rússia, disseram vários funcionários à Reuters.
Algumas das mudanças propostas também visam garantir que as restrições existentes – como a proibição de acesso aos portos da UE por navios russos – não sejam mal interpretadas por entidades que realizam comércio, disse uma das fontes. A proibição portuária, por exemplo, já permite que navios russos que transportem alimentos ou medicamentos entrem nos portos da UE. Diferente de outros navios, cujas proibições devem ser reforçadas, impedindo o descarregamento de cargas em docas externas, uma manobra que contorna as sanções, observaram as fontes.
Os enviados da UE devem discutir o novo pacote na próxima semana para aprovação final antes das férias de verão do Hemisfério Norte, segundo a Reuters.