Panorama internacional

Egito suspende operações de suas tropas no Mali

O Egito disse à Organização das Nações Unidas (ONU) que suspenderá temporariamente as atividades de seu contingente na missão de paz no Mali.
Sputnik
Segundo um porta-voz da ONU disse à Reuters nesta sexta-feira (15), o governo egípcio citou o aumento dos ataques às suas forças de paz, que escoltam comboios nas bases da organização.
O Egito relembrou que os ataques causaram a morte de sete soldados egípcios desde o início do ano.

"Fomos informados de que, como resultado, o contingente egípcio suspenderá temporariamente suas atividades dentro da Minusma [sigla em francês para Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali] a partir de 15 de agosto", disse o porta-voz.

A decisão é outro golpe na ONU, após a junta militar do Mali suspender temporariamente, na quinta-feira (14), as movimentações das tropas de nações que fazem parte da missão de paz. O Egito tem 1.072 soldados e 144 policiais na missão da ONU no Mali.
A suspensão do Egito permanecerá em vigor até que as preocupações sobre a segurança de suas forças de paz sejam abordadas, disse um diplomata com conhecimento da decisão.
Panorama internacional
Após serem expulsas pelo Mali, forças francesas se deslocam para o Níger
No início do mês, a França falou sobre a operação para retirar suas tropas do Mali, ao ser expulsa pela junta militar depois de quase uma década no país.
Em entrevista à Rádio França Internacional (RFI), o comandante da Operação Barkhane no Mali, o general francês Laurent Michon, disse que é preciso mudar o modo de atuação e confirmou a transferência de soldados para o Níger.
Segundo ele, as forças francesas na região africana do Sahel mudarão o seu modo de operação, agindo "em apoio" às forças locais em vez de substituí-las. O general afirmou que os franceses "agora têm pouco mais de 2 mil homens" no território.
O presidente Emmanuel Macron anunciou a retirada em fevereiro, dizendo que a Operação Barkhane continuaria em outros lugares do Sahel, mas de forma menor e reconfigurada.
Comentar