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Defesa da Ucrânia confirma que pode atacar a Crimeia com mísseis fornecidos pelos EUA

Porta-voz do Ministério da Defesa da Ucrânia disse que Kiev acredita que a península é um centro militar crucial para a Rússia.
Sputnik
Embora a Rússia tenha alertado reiteradas vezes sobre as consequências de um ataque à Crimeia, mais uma vez um funcionário do governo ucraniano manifestou interesse em bombardear a região.
Vadim Skibitskiy, porta-voz da diretoria de inteligência do Ministério da Defesa ucraniano, disse neste sábado (16) que Kiev vê a região "como um alvo legítimo para o armamento de longo alcance do Ocidente".
O funcionário fez as observações durante uma entrevista para uma emissora ucraniana, e logo após ter sido perguntado se a Ucrânia poderia usar os sistemas de lançamento múltiplo de foguetes Himars e M270 MLRS, fabricados nos EUA, para atacar a Crimeia.
"Hoje, a Península da Crimeia se tornou um centro de movimentação de todos os equipamentos e armas que vêm da Federação da Rússia ao sul de nosso Estado. É, em primeiro lugar, um conjunto de equipamentos militares, munições e materiais que estão concentrados na Crimeia e depois enviados para abastecer as forças de ocupação russas", afirmou Skibitskiy.
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Kiev também está tentando atacar os navios de guerra da Frota do Mar Negro da Rússia, estacionada na Crimeia, continuou Skibitskiy.
"Os navios de guerra estão sendo usados ​​para lançar mísseis de cruzeiro e, portanto, estão entre os alvos que devem ser atingidos para garantir a segurança dos cidadãos, das nossas instalações e da Ucrânia em geral", explicou.
A ameaça ocorre um dia depois que o ministro da Defesa ucraniano, Alexey Reznikov, anunciou que Kiev recebeu seus primeiros sistemas M270 MLRS.
O oficial não detalhou se os sistemas já foram implantados no campo de batalha, nem de onde exatamente eles chegaram. Anteriormente, Londres havia prometido fornecer pelo menos três sistemas do tipo.
Os М142 e M270 são efetivamente duas variantes do mesmo sistema. O M270 carece da mobilidade do Himars, que é baseado em um caminhão, mas carrega o dobro dos tubos de lançamento de 277 mm: 12 contra seis.
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Ainda assim, os sistemas não têm o alcance necessário para atacar a península russa da Crimeia.
Os sistemas, no entanto, podem ser equipados com módulos do Sistema de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS) para lançar mísseis mais pesados, com alcance de até 300 quilômetros.
Embora Kiev esteja procurando obter essas munições de longo alcance, Washington parece estar relutante em entregá-las por medo de que elas sejam usadas para atingir profundamente o território russo e aumentar muito o conflito em andamento.
A destruição da ponte foi repetidamente apresentada como uma ideia por altos funcionários ucranianos nos últimos meses, apesar do fato de Moscou ter tomado o sudeste da Ucrânia, estabelecendo uma conexão terrestre com a Crimeia.
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