Trata-se do segundo bombardeio contra a cidade na última uma semana.
As informações foram repassadas pela missão da República Popular de Lugansk (RPL) ao Centro Conjunto de Controle e Coordenação sobre o Regime de Cessar-Fogo (JCCC, na sigla em russo).
"O bombardeio foi registrado do lado das formações armadas da Ucrânia: 21h30 [15h30 de Brasíloa] na direção de Alchevsk, com o uso de HIMARS (2 mísseis)", disse a missão da RPL em um comunicado.
Enquanto isso, a missão da República Popular de Donetsk (RPD) informou que tropas ucranianas bombardearam uma cidade a 25 quilômetros de Donetsk na noite de sábado (16), usando foguetes BM-21 "Grad" e artilharia de 152 mm e 120 mm.
A aldeia de Olenivka também foi bombardeada.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse na quinta-feira (14) que os Estados Unidos forneceram inteligência à Ucrânia para bombardear cidades de Donbass usando mísseis HIMARS.
De acordo com Zakharova, com o fornecimento de tais armas pesadas, os ataques de artilharia das Forças Armadas da Ucrânia tornaram-se mais ativos e, ao que tudo indica, as tropas ucranianas receberam uma ordem de Kiev para usar esses sistemas contra civis sem hesitação.
No início desta semana, o vice-chanceler russo nas Nações Unidas, Dmitry Polyansky, condenou o ataque mortal na região de Kherson realizado por forças ucranianas usando o HIMARS e o chamou de consequência direta da política de Washington sobre o fornecimento de armas a Kiev.
No início deste mês, o presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou um novo saque de US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões) em assistência militar adicional à Ucrânia.
O Departamento de Defesa disse que o pacote de ajuda inclui quatro HIMARS, 1.000 munições de artilharia de 155 mm com maior capacidade de precisão, sistemas de contra-bateria e outros equipamentos. Até agora, os Estados Unidos entregaram oito dos 12 sistemas HIMARS prometidos para a Ucrânia.