Joe Biden comemorou antes da hora a decisão do governo saudita de abrir seu espaço aéreo para todos os sobrevoos civis.
Segundo o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, o príncipe Faisal bin Farhan, citado pelo jornal The Times of Israel neste sábado (17), a iniciativa "não tem nada a ver com laços diplomáticos com Israel".
De acordo com a publicação, o príncipe Faisal parecia determinado a "derramar água fria sobre as expectativas declaradas" pelo chefe de Estado norte-americano, acrescentando que "não está em caminho precursor quaisquer outras etapas" em direção à normalização das relações.
A abertura do seu espaço aéreo saudita a todas as transportadoras civis (medida que permitirá voos de e para Israel para a China), no entendimento de Biden, marcou um primeiro passo para as relações formais com Israel.
"Não, isso não tem nada a ver com laços diplomáticos com Israel", disse o ministro em entrevista coletiva.
"A questão dos sobrevoos é uma decisão que tomamos no interesse [de] fornecer conectividade entre os países do mundo, e esperamos que isso facilite a vida de alguns viajantes. Não é de forma alguma um precursor para quaisquer outras etapas", disse ele.
Na manhã de sexta-feira (15), o primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, também saudou a medida de "abrir o espaço aéreo saudita para as companhias aéreas israelenses" como "o primeiro passo oficial na normalização com a Arábia Saudita".
A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações do ministro das Relações Exteriores saudita.
Também durante sua coletiva de imprensa no sábado (16), o príncipe Faisal insistiu que não estava ciente de nenhuma conversa na cúpula com os EUA sobre a inclusão de Israel em uma rede integrada de defesa aérea do Oriente Médio.
Horas antes, um alto funcionário do governo Biden, informando o corpo de imprensa da Casa Branca na cúpula, disse que incluir Israel na rede integrada de defesa aérea que espera estabelecer com aliados do Oriente Médio seria significativamente benéfico.