O anúncio foi feito neste domingo (17). Zelensky afirmou que um grande número de funcionários do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano), que Bakanov chefiava desde 2019, estavam trabalhando com a Rússia.
"Até hoje [17], cerca de 651 casos criminais foram registrados por alta traição e atividades de colaboração de funcionários do Ministério Público, órgãos de investigação pré-julgamento e outras agências de aplicação da lei", afirmou Zelensky ao anunciar a decisão.
Citando um alto número de casos de traição entre a polícia e o serviço de inteligência, ele explicou que, em meio ao conflito em curso com a Rússia, "mais de 60 funcionários das agências de aplicação da lei e da SBU" permaneceram no "território ocupado" e agora estão trabalhando contra a Ucrânia.
Bakanov, que assumiu o cargo de chefe da SBU logo após a vitória presidencial de Zelensky, em 2019, foi removido sob o artigo 47 do Estatuto Disciplinar dos militares ucranianos. O artigo refere-se especificamente a uma falha grave nos deveres oficiais "que causou perda de vidas ou outras consequências graves".
Essa não foi a primeira vez que Ivan Bakanov entrou em atrito com o presidente ucraniano. Em junho, o portal Politico relatou que o chefe de Estado da Ucrânia estava "altamente insatisfeito" com o trabalho de Bakanov.
Embora o sucessor de Bakanov ainda não tenha sido nomeado, Venediktova, que atuava como procuradora-geral desde março de 2020, foi substituída por Oleksiy Symonenko.
Zelensky demitiu vários funcionários recentemente, incluindo cinco embaixadores na semana passada e o embaixador na Alemanha, Andriy Melnyk.