"O fato de termos de manter possivelmente as nossas sanções em vigor durante muito tempo era para nós claro desde o início. Também é claro para nós que, em caso de paz nos termos impostos pela Rússia, nenhuma dessas sanções será cancelada", escreveu Scholz em artigo para o Frankfurter Allgemeine Zeitung.
Ao mesmo tempo, o chanceler admitiu que muitos alemães enfrentam as consequências da política sancionatória, como a gasolina e produtos alimentícios mais caros e os crescentes preços da eletricidade e gás.
"Este caminho não é fácil até para um país tão forte e próspero como o nosso", constatou o líder alemão.
Após o início da operação especial russa de desnazificação e desmilitarização da Ucrânia, o Ocidente endureceu a pressão sobre Moscou. Vários países anunciaram o congelamento de ativos russos, múltiplas empresas estrangeiras abandonaram o país. A União Europeia aprovou já seis pacotes de sanções, inclusive o embargo contra o carvão e petróleo russos.
Porém, as medidas causaram problemas no próprio Ocidente, provocando alta nos preços dos produtos alimentares e combustíveis e resultando em uma inflação galopante.
O Kremlin qualificou as sanções de "guerra econômica sem precedentes" e tomou medidas de resposta, tendo proibido aos investidores estrangeiros retirar dinheiro do sistema financeiro russo e obrigado os compradores europeus de gás a pagar em rublos.