Panorama internacional

China abandona títulos da dívida norte-americana, diz Tesouro dos EUA

Pessoas passam pelo Banco da América, em frente ao Tesouro dos EUA, Washington, DC, 7 de agosto de 2013
As participações de Pequim em títulos dos EUA caíram quase US$ 100 bilhões em seis meses.
Sputnik
As participações da China em títulos do Tesouro dos EUA caíram abaixo de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,4 trilhões) em maio pela primeira vez em mais de uma década, mostram os dados oficias divulgados pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
A China, o segundo maior detentor estrangeiro de dívida do governo dos EUA, reduziu suas participações por seis meses consecutivos de US$ 1,08 trilhão (aproximadamente R$ 5,8 trilhões) em novembro passado para US$ 980,8 bilhões (cerca de R$ 5,3 trilhões) em maio. Isso representa um declínio de 9%, quase US$ 100 bilhões (R$ 540 bilhões). A última vez que a China deteve menos de US$ 1 trilhão em títulos do Tesouro dos EUA foi em maio de 2010 (US$ 843,7 bilhões ou R$ 4,5 trilhões).
O Japão, o maior detentor estrangeiro de dívida do governo dos EUA, também diminuiu suas participações recentemente. Nos seis meses de novembro a maio, seu volume caiu quase US$ 116 bilhões (aproximadamente R$ 626,2 bilhões).
Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, durante coletiva de imprensa no Departamento do Tesouro em Washington, EUA, 21 de abril de 2022
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A dívida nacional total dos EUA estava um pouco acima de US$ 30,4 trilhões (cerca de R$ 164 trilhões) no mês passado. Washington tem lutado para conter a disparada da inflação que atingiu uma alta de 9,1% em junho, valor recorde em 41 anos. O Federal Reserve (Fed) dos EUA elevou sua taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual em junho, provocando alertas de uma possível recessão. Outro aumento pode ser introduzido e anunciado na reunião da próxima semana.
Segundo a CNBC, o aumento das taxas de juros tornou os títulos do Tesouro dos EUA potencialmente menos atraentes, mas o declínio na participação da China também pode ser atribuído ao trabalho de Pequim para diversificar sua carteira de dívida externa.
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