Panorama internacional

Em reunião com UE, China concorda em coordenar políticas econômicas mais abertas com o bloco

Nesta terça-feira (19), durante a 9ª rodada do Diálogo Comercial e Econômico (HDE, na sigla em inglês) entre a UE e a China, Pequim concordou em liberalizar mais o comércio e investimentos e abrir com maior amplitude seu setor financeiro.
Sputnik
Segundo o Ministério do Comércio chinês citado pela Reuters, o vice-premiê chinês, Liu He, e o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, realizaram discussões "pragmáticas", "cândidas" e "eficientes".
"Os dois lados fortalecerão a comunicação e a coordenação de políticas macroeconômicas, aumentarão a cooperação em segurança alimentar e energética global e outros campos e promoverão conjuntamente a estabilidade econômica e financeira global", afirmou a pasta.
A última rodada dessas negociações ocorreu há dois anos, também liderada pelas mesmas autoridades mencionadas, com foco em um pacto de investimento histórico. Até o final de 2020, Bruxelas e Pequim concluíram o acordo, entretanto, após sete anos de negociações, não o ratificaram e está "congelado" desde então.
Panorama internacional
Pequim: interferência do Japão e da UE nos assuntos internos da China provocarão conflito regional
Em março de 2021, Pequim impôs sanções a políticos, grupos de reflexão e órgãos diplomáticos da UE em resposta às sanções ocidentais contra membros do governo por supostas violações dos direitos humanos em Xinjiang.
Com as sanções e contra-sanções, o Parlamento Europeu em maio do ano passado decidiu suspender a ratificação do pacto de investimento, um revés para a China e para o bloco.
Contudo, no diálogo de hoje (19), o Ministério do Comércio chinês acrescentou que "os dois lados promoverão ativamente a liberalização e facilitação do comércio e do investimento, aumentarão a abertura mútua, promoverão a concorrência justa, protegerão os direitos de propriedade intelectual e otimizarão constantemente os negócios".
Segundo a mídia, durante o encontro, não houve menção à Ucrânia e à Rússia ou às tensões entre China e Lituânia.
Comentar