Yellen denunciou a Rússia por usar a integração econômica como "armamento" e prometeu impor "duras consequências" aos países que abusassem ou quebrassem a ordem internacional.
A secretária estadunidense exortou a limitar o preço proposto para as exportações russas de petróleo como "uma ferramenta mais poderosa" para lidar com os altos custos de energia e pediu os países parceiros para se unir à iniciativa, escreve a agência sul-coreana Yonhap.
Os EUA e outros aliados confiáveis estão tentando cortar as receitas da Rússia, mas sem provocar desestabilidade do mercado energético mundial, acrescentou Yellen.
Além disso, a alta funcionária ressaltou como fundamental a necessidade de reduzir a dependência dos EUA em determinadas exportações chinesas como metais de terras raras, painéis solares e outros bens-chave da China.
"Eles usaram coerção para pressionar vários países cujo comportamento eles desaprovaram", constatou. "Sabemos que essa é uma razão pela qual não queremos depender da China."
"Não podemos permitir que países como a China usem sua posição de mercado em matérias-primas, tecnologias ou produtos-chave para interromper nossa economia ou exercer uma alavancagem geopolítica indesejada", disse ela, destacando a necessidade de diminuir os riscos da "superconcentração" dos principais suprimentos em "países não confiáveis".
Janet Yellen chegou à capital sul-coreana na segunda-feira (18) a partir da Indonésia, onde havia participado da reunião dos ministros de Finanças do G20. De acordo com as palavras dos EUA, Washington insiste na ampliação dos laços comerciais com a Coreia do Sul e outros aliados confiáveis para elevar a estabilidade das cadeias de suprimento e impedir manipulações possíveis pelo "monopolista".