"Nossa melhor consideração de inteligência é que os iranianos não retomaram o esforço de armas que estava em andamento até 2004 — e depois suspenderam —, então, isso é algo, obviamente, que nós da CIA e toda a comunidade de inteligência dos EUA mantemos um foco muito, mas muito preciso", disse Burns.
Segundo ele, após a retirada dos Estados Unidos do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) — acordo de 2015 sobre o programa nuclear iraniano —, o Irã teve a oportunidade de adquirir componentes necessários para a construção de armas nucleares "não em um ano, mas em semanas".
O ex-ministro das Relações Exteriores e atual conselheiro sênior do líder supremo do Irã, Sayyid Kamal Kharrazi, participa de um painel durante o Fórum de Doha, na capital do Catar, em 27 de março de 2022. Foto de arquivo
© AFP 2023 / KARIM JAAFAR
No último domingo (17), o conselheiro sênior do líder supremo do Irã, Kamal Kharrazi, afirmou que o Irã é tecnicamente capaz de produzir uma bomba nuclear, mas nenhuma decisão política sobre essa opção foi tomada.
"Em poucos dias, conseguimos enriquecer urânio em até 60% e podemos facilmente produzir urânio enriquecido em 90%", disse Kharrazi à Al Jazeera.
A declaração ocorreu após o presidente dos EUA, Joe Biden, prometer que Washington fará de tudo para impedir que Teerã obtenha armas nucleares.