Ranil Wickremesinghe celebrou a vitória nas eleições presidenciais realizadas no país na quarta-feira (20). Nos últimos minutos, o líder da oposição, Sajith Premadasa, saiu da disputa eleitoral, apoiando Dullas Alahapperuma, o que tornou ainda mais difícil a Ranil Wickremesinghe conseguir a vitória.
Na noite de terça-feira (19), a Aliança Nacional Tamil (TNA, na sigla em inglês), junto com o Partido da Liberdade do Sri Lanka (SLFP, na sigla em inglês), liderado pelo ex-presidente Maithripala Sirisena (no poder de 2015 a 2019), e alguns outros partidos de orientação muçulmana decidiram votar a favor de Dullas Alahapperuma, apoiado pela oposição.
Pela primeira vez ao longo de mais de sete décadas de independência cingalesa, o Parlamento do Sri Lanka votou pela reeleição do chefe de Estado. Antes, em 14 de julho, Gotabaya Rajapaksa renunciou ao cargo, tendo fugido do país. Ele partiu para Singapura através das Maldivas em 13 de julho, após milhares de manifestantes contra o governo terem invadido o palácio presidencial em 9 de julho.
Em 1993, o Parlamento do Sri Lanka aprovou por unanimidade a nomeação do então presidente interino Dingiri Banda Wijetunga como chefe de Estado, depois do assassinato do presidente Ranasinghe Premadasa, pai do atual líder da oposição, Sajith Premadasa. A tragédia ocorreu no 1º de maio do mesmo ano.
O Sri Lanka, país com uma população de 22 milhões de pessoas, entrou em default devido à recessão econômica e a gerência financeira ineficaz. O Estado insular deve 51 bilhões de dólares (R$ 276 bilhões), principalmente às organizações multilaterais, dominadas pelos Estados Unidos.