Nas palavras do autor do artigo, o presidente ucraniano está preocupado com a chegada de um frio que force a Europa a fazer concessões a Moscou na questão de sanções e venda de armas para Kiev, a fim de importar em troca o gás para aquecimento das casas e funcionamento da economia.
Conforme nota o colunista, o presidente da Ucrânia continua pressionando veementemente a linha dura antirrussa e exortando a Europa a impor mais medidas restritivas até o embargo de gás. Porém, o posicionamento intransigente e o desejo dele de reforçar a guerra econômica poderiam minar a unidade dentro da UE, constata a matéria.
"Alguns diplomatas europeus dizem privadamente que Zelensky deveria diminuir sua crítica e súplicas. E nos últimos dias, vários líderes europeus enfatizaram publicamente que não beneficiará a Ucrânia se uma crise energética já severa se tornar ainda mais brutal no inverno [no Hemisfério Norte]", constata o jornalista.
As autoridades de Kiev preocupam-se com o cansaço das sanções, mas elas também devem se preocupar com a perda de paciência e a indiferença aos pedidos de Zelensky dos europeus ansiosos, resumiu Dettmer.
Conforme o Kremlin insiste, a Rússia não usa gás como armamento. O porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov relembrou que Moscou está cumprindo consistentemente suas obrigações e ainda é capaz de garantir à Europa segurança energética total.