As medidas restritivas criaram muitos problemas para o Ocidente, incluindo a crescente inflação, o aumento dos preços de combustíveis e a incerteza relativamente à estabilidade do fornecimento de gás natural durante a estação de aquecimento, para a qual não falta muito tempo, aponta o artigo.
Além disso, está aumentando a incerteza na esfera política, o mais recente exemplo disso é a demissão do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, um dos apoiadores mais firmes da Ucrânia.
"Os planos para estrangular nosso país [Rússia] com sanções não funcionam. A imposição impensada de restrições apenas agrava a situação na economia dos EUA", disse embaixador russo nos EUA Anatoly Antonov em entrevista ao jornal.
Em uma audiência que teve lugar em junho da subcomissão do Senado dos EUA para a Europa e Cooperação de Segurança Regional, o conselheiro sênior Amos Hochstein, quando questionado se Moscou conseguia ganhar mais dinheiro da venda de petróleo e gás natural agora do que alguns meses antes de o conflito começar, disse que "não posso negar isso".
"Não se previa que o superávit da conta corrente russa realmente subisse porque assim eles ganhariam muito mais dinheiro com a venda do petróleo", acrescentou Hochstein.
Por fim o jornal aponta que, enquanto o presidente dos EUA Joe Biden prometeu apoiar a Ucrânia por "tanto tempo quanto for necessário", pesquisas recentes sugerem que o aumento dos preços de alimentos e energia nos EUA, que subiram no nível anual até quase 9% e 7,5% respectivamente, está diminuindo o apoio popular às sanções contra a Rússia.
Após o início da operação militar especial russa para ajudar a região de Donbass contra ataques de nacionalistas ucranianos, o Ocidente adotou uma série de medidas restritivas em larga escala contra Moscou.
As sanções afetam o setor bancário, produtos de alta tecnologia, exportação de combustíveis, como gás e petróleo, e parte das reservas internacionais russas.