Panorama internacional

Portugal diz ser 'completamente contra' proposta da União Europeia de reduzir consumo de gás em 15%

O secretário de Estado do Ambiente e da Energia português relatou não ser a favor da sugestão da Comissão Europeia de diminuir significativamente o consumo de gás, que poderá virar obrigatória.
Sputnik
O governo português se expressou contra o plano da Comissão Europeia de reduzir o consumo de gás em cerca de 15%, conforme indicado nesta quarta-feira (20) por João Galamba, secretário de Estado do Ambiente e da Energia de Portugal.
Na quarta-feira (20), a Comissão Europeia instou os Estados-membros da União Europeia (UE) a reduzir o consumo de gás em 15% entre 1º de agosto de 2022 e 31 de março de 2023 para assegurar o funcionamento das economias do bloco durante o inverno europeu, no final de 2022 e início de 2023, mas também controlar o consumo nos meses anteriores a esse período, depois que vários países europeus utilizaram recentemente gás reservado para o inverno.
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A medida visa reduzir o efeito de um eventual corte de gás da Rússia em meio às sanções multissetoriais de Bruxelas contra Moscou, depois que a última começou uma operação militar especial com o objetivo da "desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia. A medida é voluntária, mas pode se tornar obrigatória caso a situação energética se agrave na UE.
"Isto não se pode aplicar a Portugal. Portugal é contra esta proposta da Comissão, porque ela não tem em atenção as diferenças entre países", argumentou Galamba em declarações ao jornal português Expresso.
"Estamos completamente contra", afirmou.
A proposta será discutida por ministros do bloco europeu em uma cúpula de energia extraordinária na terça-feira (26).
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