Entre esses documentos está a ordem do chefe do departamento do SBU para a região de Kherson, coronel Sergei Krivoruchko, datada de 2 de fevereiro de 2021.
"A ordem se referia ao envolvimento de três grupos de funcionários do departamento de coleta de documentos a serem evacuados e à destruição de parte do arquivo do departamento regional", disse uma fonte de uma das agências policiais russas à Sputnik.
Segundo relatou a fonte, a medida seria tomada com base em um plano chamado de "ação de mobilização para garantir o sigilo nas condições de um período especial".
Como revela o documento, cada um dos grupos era composto por mais de 30 pessoas. A composição de diferentes grupos incluía funcionários de várias unidades do departamento da SBU em Kherson.
Militares russos em localidade libertada de forças nacionalistas ucranianas na região de Kherson. Foto de arquivo
© Sputnik / Serviço de imprensa do Ministério da Defesa da Rússia
Conforme revelado pela Sputnik em abril, as forças russas encontraram um arquivo com informações detalhadas de militares e agentes de segurança da Ucrânia em um hospital pediátrico em Kherson.
No arquivo do hospital foram encontrados documentos com informações pessoais e históricos médicos de militares e policiais da Ucrânia.
O SBU é a principal autoridade de segurança da Ucrânia, com ramificações de contrainteligência e de serviço secreto.
A Rússia iniciou a operação militar especial, em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.
A missão, segundo o Ministério da Defesa russo, tem como alvo apenas a infraestrutura militar da Ucrânia.
Além disso, as Forças Armadas da Rússia têm acusado militares ucranianos de usar "métodos terroristas" nos combates, como fazer civis de "escudo humano" e se alojar em construções não militares.