A China reiterou seus alertas ao governo Biden sobre a possível visita da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan, mas dessa vez de forma privada e mais severa, de acordo com o The Financial Times.
Seis pessoas familiarizadas com os alertas chineses, e citadas pela mídia, disseram que eles eram significativamente mais fortes do que as ameaças que Pequim fez no passado quando estava descontente com as ações ou políticas dos EUA em Taiwan.
Ao mesmo tempo, várias outras pessoas ligadas à situação afirmaram que a retórica privada foi ainda mais longe ao sugerir uma possível resposta militar, afirma o jornal.
O gigante asiático já havia ameaçado Washington publicamente com "medidas fortes" se Pelosi prosseguir com a visita, mas uma pessoa disse ao jornal que a China expressou "a mais forte oposição" à viagem da presidente da Câmara em particular do que antes.
Na terça-feira (20), foi anunciado que Pelosi planeja visitar Taiwan em agosto, depois que sua ida à ilha foi cancelada em abril devido a seu teste positivo para COVID-19, conforme noticiado.
A mídia também relata que várias pessoas informaram que a Casa Branca estava tentando avaliar se a China estava fazendo ameaças sérias ou se engajando em uma tentativa de pressionar Pelosi a abandonar sua viagem.
O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, e outros altos funcionários do Conselho de Segurança Nacional se opõem à viagem por causa do risco de escalada de tensão no estreito de Taiwan, comenta o Financial Times.
Na quarta-feira (13), o presidente norte-americano, Joe Biden, disse que planeja falar com o líder chinês, Xi Jinping, até o final do mês. Biden pareceu lançar dúvidas sobre a viagem de Pelosi a Taiwan.
"Acho que os militares acham que não é uma boa ideia no momento, mas não sei qual é o status disso", disse Biden a repórteres citado pela Reuters.