"A decisão de impor um embargo ao carvão russo foi tomada quase da noite para o dia, de forma irrefletida e imprudente", disse Steinhoff.
Ele lembrou que membros da União Europeia também decidiram bloquear a importação de carvão da Rússia, mas somente a partir de 15 de agosto. Segundo o ex-ministro, a decisão de Varsóvia faria sentido se fosse tomada em conjunto com a UE.
"Nós estamos expondo a grandes perdas nossos empresários envolvidos na importação de carvão e, claro, aqueles que usam carvão para aquecimento de casas", criticou.
A Polônia proibiu completamente a importação de carvão da Rússia, afetando drasticamente o preço e a disponibilidade do recurso no mercado. Atualmente, o custo de uma tonelada de carvão com fornecedores privados já atingiu a marca de aproximadamente US$ 640 (R$ 3.519).
Primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki. Foto de arquivo
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Com isso, o Ministério do Meio Ambiente da Polônia cancelou por 60 dias os requisitos para a qualidade do carvão usado para aquecimento. O primeiro-ministro do país, Mateusz Morawiecki, já admitiu que, em breve, os poloneses sofrerão com a indisponibilidade do recurso.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, os Estados Unidos e seus aliados iniciaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, carvão, aço e ferro.