A posição de Bratislava a favor da Ucrânia mudará caso sejam eleitas novas autoridades nas eleições antecipadas no país, sugerem os autores do artigo, relembrando que a política de fornecimento de armas está sendo criticada pelo líder da oposição parlamentar eslovaca do partido da social-democracia, Robert Fico.
"A mudança das autoridades na Eslováquia possivelmente causará problemas na entrega de armas para a Ucrânia. Enquanto isso, a assistência de Bratislava permanece crucial para Kiev. Além de obuseiros e sistemas de defesa antiaérea, que Bratislava já entregou, é importantíssimo para a Ucrânia receber os aviões MiG-29 anunciados e tanques", diz o artigo.
O veículo opina que o novo governo eslovaco pode seguir o exemplo da Hungria, que se manifesta contra o embargo ao gás russo.
"O novo governo pode também trocar a posição da Eslováquia em relação às sanções, juntando-se à posição de Viktor Orbán [primeiro-ministro húngaro], especialmente quando a renúncia ao petróleo russo virará para Bratislava um passo não menos difícil do que para Budapeste", escreve o jornal.
Os autores da matéria resumem que, a fim de impedir tal desenvolvimento da situação, Kiev deve nomear um "novo e motivado" embaixador ucraniano em Bratislava.