"Os Estados Unidos se tornaram o maior exportador de gás natural liquefeito (GNL) do mundo durante o primeiro semestre de 2022", informou a Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), em um comunicado.
O órgão americano afirma que, desde o final do ano passado, os países europeus passaram a "importar cada vez mais GNL [dos EUA] para compensar as menores importações de gasodutos da Rússia e preencher os estoques de armazenamento de gás natural historicamente baixos".
As importações de GNL na União Europeia e no Reino Unido aumentaram 63% durante o primeiro semestre de 2022, para uma média de aproximadamente 420 milhões de metros cúbicos por dia.
Em junho, os Estados Unidos exportaram 11% menos GNL do que a média dos primeiros cinco meses de 2022, principalmente devido a uma interrupção não planejada no projeto de exportação Freeport LNG, que deve retomar as operações no início de outubro.
Instalações do gasoduto Nord Stream 2 em Lubmin, no norte da Alemanha, em 15 de fevereiro de 2022
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Antes da interrupção da produção do Freeport LNG, a utilização da capacidade em sete instalações de GNL nos EUA chegou a 87% no primeiro semestre.
Na segunda-feira , a Rússia anunciou que reduzirá os fluxos no gasoduto Nord Stream 1 para apenas 20% da capacidade, complicando as metas da União Europeia de encher os tanques de armazenamento de gás antes do inverno.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, os EUA e seus aliados iniciaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, carvão, aço e ferro.