"Um total de 16% das empresas industriais são obrigadas a responder à atual situação energética reduzindo a produção ou abandonando parcialmente algumas áreas", disse o DIHK em comunicado.
De acordo com um estudo do DIHK, as empresas com uso intensivo de energia, onde as leituras são duas vezes maiores que a média em todo o setor, estão sendo particularmente atingidas pela crise, com um total de 32% delas sendo forçadas a cortar toda ou parcialmente sua produção. O estudo revelou ainda que muitas empresas não adquiriram volumes significativos de gás para este ano e apenas metade já tinha coberto as suas necessidades através de contratos.
O presidente da DIHK, Peter Adrian, disse que os números são "alarmantes", acrescentando que mostram o quanto os preços persistentemente altos da energia sobrecarregam a produção alemã.
No início deste mês, as autoridades alemãs, como parte da luta contra a crise energética e planos de abandonar o gás russo, adotaram uma medida que permite a restauração de usinas à carvão paralisadas por seu grande impacto ambiental nas mudanças climáticas. Ao mesmo tempo, em casos extremos, Berlim está disposta a considerar a possibilidade de reativar usinas termoelétricas, operando com carvão marrom, que é ainda mais prejudicial ao meio ambiente. Ao mesmo tempo, o governo não planeja estender o trabalho das usinas nucleares existentes, que foram fechadas em 2011 após o acidente na usina nuclear japonesa de Fukushima.
No final de junho, Berlim anunciou a ativação da segunda etapa de seu plano de emergência do gás, que envolve medidas de economia e racionamento. Se o terceiro estágio for anunciado, a Agência Federal de Redes da Alemanha vai regular a distribuição de energia, priorizando as residências.