Relatos da mídia sugerem que os cidadãos das Ilhas Salomão são cada vez mais "favoráveis a Pequim". A notícia chega quando a construção de um estádio nacional financiado pela China para os Jogos do Pacífico de 2023 começa na capital Honiara.
De acordo com o South China Morning Post, os habitantes veem os projetos de construção como um passo para o desenvolvimento do arquipélago.
"Estamos analisando quem nos vai manter seguros. Se a China pode cuidar de nós, então sim [apoiamos a mudança]", disse um nativo de Honiara à agência de notícias.
O cidadão acrescentou que era muito cedo para julgar as relações bilaterais formadas em 2019, acrescentando que não achava que seu governo iria permitir a construção de uma base militar.
"Vai ajudar muito em algumas escolas após os Jogos do Pacífico. Teremos um local adequado para incentivar os jovens no futuro", disse outro cidadão ao veículo.
Em abril, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e seu homólogo das Ilhas Salomão, Jeremiah Manele, assinaram um acordo-quadro intergovernamental sobre cooperação em segurança. No entanto, muito sobre o negócio permanece desconhecido.
O pacto não caiu bem na Austrália, que alegou que poderia resultar em uma presença militar chinesa nas ilhas.
A Austrália continua sendo o maior doador de ajuda do arquipélago, financiando muitos projetos em todo o país. É também um parceiro na área de segurança, com tropas australianas podendo ser destacadas nas ilhas em caso de emergência.
O primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, no entanto, garantiu que nunca haveria uma base militar chinesa no país e que a Austrália continua a ser o "parceiro de escolha em segurança".
Para combater a nova presença da China na região, os Estados Unidos planejam abrir uma embaixada em Honiara em breve. No próximo mês, diplomatas de alto escalão de Washington devem visitar o arquipélago.