Os EUA realizaram as primeiras manobras de fogo real com helicópteros na Coreia do Sul desde 2019, relatou na segunda-feira (25) a agência britânica Reuters.
Os exercícios envolveram a participação de helicópteros AH-64E v6 Apache no Complexo de Fogo ao Real Rodriguez, diretamente a sul da Zona Desmilitarizada, na fronteira entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte.
5º Esquadrão, 17º Regimento de Cavalaria e Batalhão de Ataque 4-2 continuam no seu campo de tiro aéreo. As tripulações estão se qualificando tanto de dia como de noite no míssil AGM-114 Hellfire, no foguete Hydra 70 e no canhão de 30 milímetros.
As manobras de fogo real têm sido canceladas nos últimos anos devido aos moradores se queixarem do ruído e manifestarem preocupações de segurança provocadas por elas. Além disso, exercícios semelhantes não ocorreram nos últimos anos devido às restrições impostas pela COVID-19 e às tentativas de reduzir tensões com Pyongyang.
5º Esquadrão, 17º Regimento de Cavalaria e Batalhão de Ataque 4-2 estão conduzindo tiros de artilharia aérea, certificando suas tripulações nos mísseis AGM-114 Hellfire, foguetes Hydra 70 e canhões de 30 milímetros. Ambas as unidades estão utilizando o mais recente helicóptero Apache AH-64E v6.
Segundo um ex-responsável de Defesa dos EUA, a falta de exercícios de fogo real tem sido um "grande problema" para os militares americanos, obrigando o Pentágono a pagar para enviar as tripulações dos Apache em voos trimestrais ao país norte-americano para que realizassem lá exercícios de qualificação. A situação se agravou ainda mais em fevereiro de 2022, quando o Exército dos EUA estacionou permanentemente na Coreia do Sul uma unidade de Apache que previamente era rotativa, notou ele.
Embora tenha se abstido de testes nucleares, a Coreia do Norte realizou uma enxurrada de testes de mísseis nos últimos meses, quebrando uma moratória autoimposta em 2018. Já a Coreia do Sul, Japão e EUA têm realizado uma série de exercícios na região, com Seul também lançando alguns mísseis.