Panorama internacional

MRE russo: UE se responsabiliza por morte de pessoas e destruição de cidades ao prover armas a Kiev

Ao patrocinar a continuação de hostilidades por parte de Kiev, a União Europeia (UE) deve compartilhar a responsabilidade pela morte de pessoas e pela destruição de infraestrutura na Ucrânia, segundo disse Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, nesta segunda-feira (25).
Sputnik
Porém, segundo ela, qualquer tentativa por parte de países ocidentais de alcançar a vitória no campo de batalha é um caminho para o abismo tanto para Kiev quanto para Bruxelas.
Os comentários vieram na esteira da alocação da UE de outros 500 milhões de euros (cerca de R$ 2,8 bilhões) ao fornecimento de armas à Ucrânia.

"Ao fornecer armas e equipamentos militares aos ucranianos, a UE continua a investir em novas hostilidades. Quaisquer tentativas de obter uma 'vitória no campo de batalha' são um caminho direto para o abismo — tanto para Kiev quanto para Bruxelas", disse Zakharova em comunicado.

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A alocação de dinheiro ao fornecimento de armas indica a total falta de vontade da UE em promover um acordo político de paz na Ucrânia, acrescentou.

"Durante o pouco mais de um ano de existência do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz [MEAP], que, dado seu uso para o fornecimento de armas, é mais correto chamar de 'instalação de guerra', 2,5 bilhões de euros [R$ 13,7 bilhões] já foram gastos no armamento da Ucrânia, ou quase metade do seu orçamento calculado até 2027. Assim, os patrocinadores da UE devem ter a mesma responsabilidade pelos crimes de guerra cometidos pelas Forças Armadas ucranianas e batalhões nacionalistas; pela morte de civis, mulheres, idosos e crianças; e pela destruição de infraestruturas civis, incluindo pontes, tal como o regime de Kiev", observou Zakharova.

A União Europeia, enquanto continua a fornecer armas à Ucrânia, faz vista grossa para a corrupção total das autoridades de Kiev, disse Zakharova.

"Nos últimos cinco meses de bombardeio ininterrupto da Ucrânia com armas fornecidas pelo Ocidente, eles tentaram abafar a verdade inconveniente sobre os riscos sem precedentes dessa política para a segurança interna da UE e seus cidadãos. Eles fizeram vista grossa à corrupção total das autoridades de Kiev. Tudo foi sacrificado às ambições de líderes individuais da UE e seus Estados-membros de infligir o máximo de dano possível à Rússia", disse.

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Ela enfatizou que agora a Europol, agência de aplicação da lei da UE, deve admitir abertamente que as armas fornecidas à Ucrânia surgem em países europeus e reabastecem os arsenais do crime organizado local.

"Não é por acaso que, em 11 de julho, foi lançado na Moldávia o centro de apoio da UE para a cooperação em segurança interna e gestão de fronteiras, do qual uma das principais tarefas é impedir o contrabando de armas e migrantes para a União Europeia", concluiu Zakharova.

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Em 24 de fevereiro, a Rússia iniciou uma operação militar especial para desnazificação e desmilitarização da Ucrânia que, segundo o presidente russo, Vladimir Putin, visa defender as pessoas que ao longo de oito anos têm sofrido intimidações e genocídio por parte das autoridades de Kiev.
De acordo com Putin, o objetivo final da operação é libertar Donbass e criar condições que garantam a segurança da Rússia. Somente a infraestrutura militar ucraniana está sob a mira das tropas russas.
As forças aliadas já libertaram por completo a República Popular de Lugansk (RPL) e uma grande parte da República Popular de Donetsk (RPD), incluindo cidades desta como Volnovakha, Mariupol e Svyatogorsk.
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