O CMDA é um fórum que reúne os países do continente para debater o setor de defesa e segurança. Sua cerimônia de abertura ocorre nesta terça-feira (26), em Brasília, com a presença do ministro da Defesa brasileira, o general Paulo Sérgio Nogueira.
O Brasil, anfitrião do evento, propôs uma discussão sobre o papel das Forças Armadas frente aos fluxos migratórios. O Exército brasileiro coordena a Operação Acolhida, que recebe refugiados venezuelanos em Roraima.
Na programação, está prevista a apresentação dos resultados das discussões dos Grupos de Trabalho (GTs) realizados no decorrer deste biênio: ciberdefesa e ciberespaço; mulher, paz e segurança; e cooperação em assistência humanitária e socorro em casos de desastre.
Ao término do fórum, no dia 28 de julho, será assinada a Declaração de Brasília pelos ministros da Defesa dos Estados-membros da CMDA, documento com a agenda para o biênio 2023/2024.
Neste ano, será assinada, ao final do evento, uma declaração para reafirmar o compromisso dos países com a Carta da OEA (Organização dos Estados Americanos) sobre princípios democráticos.
Vale lembrar, entretanto, que a OEA vem enfrentando fortes críticas nos últimos anos, em especial após o golpe de Estado que derrubou Evo Morales, em 2019, na Bolívia.
A embaixada russa em Washington apontou, no mês de maio, que a organização, devido à ação dos EUA, deixou de ser uma plataforma regional universal no Hemisfério Ocidental.
A OEA foi acusada ao longo de sua história por diferentes atores políticos de defender a prevalência dos interesses de Washington sobre as soberanias dos países que a compõem.