O plano de emergência pressupõe um corte voluntário de 15% no consumo de gás natural no período de agosto deste ano a março de 2023, informou a agência alemã.
Os ministros de Energia da UE vão se reunir nesta terça-feira para uma reunião extraordinária do Conselho de Energia da UE, que vai se concentrar em chegar a um acordo político sobre o chamado plano "Economize gás para um inverno seguro".
Na última quarta-feira (20), a Comissão Europeia propôs um novo regulamento sobre a redução coordenada do uso de gás em todo o bloco como forma de diminuir sua dependência das importações e resistir à alta de preços. A meta inicial de 15% deve começar a partir de 1º de agosto de 2022 até 31 de março de 2023, o que vai economizar ao bloco até 45 bilhões de metros cúbicos de gás, de acordo com o plano. Inicialmente aa medida é voluntária, mas se o objetivo não for alcançado pode se tornar obrigatória. As propostas da Comissão Europeia vão entrar em vigor após a aprovação pela maioria qualificada dos Estados-membros da UE.
Vários países já manifestaram sua oposição aos cortes de consumo, incluindo Itália, Polônia, Hungria, Portugal, Grécia e Espanha.
A crise do combustível eclodiu na Europa depois que sanções impostas à Rússia, como reação à operação militar especial de Moscou na Ucrânia, causaram interrupções nas cadeias de suprimentos, resultando no aumento dos preços da energia.
Ao mesmo tempo, a Gazprom foi forçada a reduzir significativamente o fornecimento de gás pelo gasoduto Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) para a Europa devido a atrasos nos trabalhos de manutenção da Alemanha e do Canadá. Portanto, os países da UE tiveram que gastar das suas reservas de gás para o inverno, e Berlim até ativou o estágio dois de três de seu plano de emergência para gás.