Nesta quarta-feira (27), as FDI divulgaram a localidade de bases do Hamas em áreas civis de Gaza. De acordo com o jornal The Times of Israel, foi uma "justificativa para danos colaterais de quaisquer futuros ataques no enclave densamente povoado".
Os esforços ocorrem após um duro escrutínio internacional sobre as ações de Israel em Gaza nos últimos anos, que provocaram dezenas de mortes de civis e a destruição da infraestrutura da região.
Oficiais das FDI informaram membros da imprensa estrangeira sobre uma série de locais onde as Forças Armadas israelenses sustentam que o Hamas colocou infraestrutura militar.
O Hamas põe em perigo a vida de civis palestinos e israelenses inocentes todos os dias. Veja como:
Entre as bases estão diversos túneis, sendo que um deles passa ao lado de uma fábrica de refrigerantes Pepsi e de uma escola financiada pelas Nações Unidas. As FDI disseram que túneis são usados pelo Hamas para armazenar armamentos e mobilizar combatentes.
Outros locais de fabricação e armazenamento de armas do Hamas, de acordo com as Forças Armadas israelenses, estão situados perto de escolas, universidades e mesquitas. Há uma fábrica de armas perto de um hospital.
Israel argumenta que o uso de áreas civis pelo Hamas para atividades militares, incluindo o lançamento de foguetes contra Israel, equivale a um crime de guerra.
"O mundo inteiro deve ser exposto aos crimes cometidos pelo Hamas e um alto preço deve ser cobrado disso hoje", disse o ministro da Defesa, Benny Gantz, que também visitou a fronteira de Gaza nesta quarta-feira (27).
No conflito mais recente, em maio de 2021, o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas em Gaza disse que pelo menos 243 palestinos foram mortos, incluindo 66 crianças e adolescentes, com 1.910 pessoas feridas.
O número de mortos civis atraiu fortes críticas internacionais, e o Tribunal Penal Internacional (TPI) abriu uma investigação sobre as táticas de campo de batalha de Israel. O governo israelense, entretanto, argumenta que as baixas civis são inevitáveis no ambiente urbano densamente povoado de Gaza.
Durante o conflito de maio de 2021, as FDI destruíram um prédio de 12 andares que abrigava organizações de mídia, incluindo Associated Press (AP) e Al Jazeera. Os militares israelenses deram aos jornalistas da AP e outros inquilinos cerca de uma hora para evacuar.