"Se temos a capacidade de aplicar a nossa estratégia em relação a um adversário que possui armas nucleares, então ela deve ser alterada de maneira a que possamos fazê-lo em relação a dois [adversários] ao mesmo tempo. Na minha opinião, não se trata de repelir um ataque nuclear da Rússia e retaliar. Precisaremos repelir o ataque, responder à Rússia e, ao mesmo tempo, preservar a capacidade de dissuadir a China", disse Geller durante uma discussão no 13º Simpósio Anual de Nebraska.
Citando um discurso do chefe do Comando Estratégico das Forças Armadas dos EUA, a analista ressaltou que os EUA hoje "simplesmente não podem se dar ao luxo de conter apenas um adversário nuclear".
De acordo com Geller, se Washington não tomar medidas decisivas no contexto da dissuasão nuclear, a sua inação prejudicará a estabilidade internacional neste domínio.
Contudo, o especialista admitiu que um novo aumento de armas nucleares pelos EUA poderiam provocar uma reação de Moscou e Pequim, o que por sua vez, levaria a uma nova "corrida armamentista".
Poucos dias após o início da operação militar especial na Ucrânia, o presidente russo Vladimir Putin colocou em alerta especial as forças de dissuasão estratégica, que incluem armas nucleares. Ainda assim, o Kremlin afirmou que a Rússia não tem planos de usar armas nucleares.