Panorama internacional

Áustria e Hungria estão contra embargo ao gás russo

O embargo ao gás russo é impossível, afirmou na quinta-feira (28) o chanceler austríaco, Karl Nehammer. Entretanto, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse que a Hungria segue se manifestando contra o embargo, acrescentando que Budapeste não é a única a defender essa posição.
Sputnik
A situação na Ucrânia demonstra que as sanções contra a Rússia não trouxeram o resultado com que a União Europeia tinha contado, afirmou na sexta-feira o líder austríaco, Karl Nehammer. O chanceler salientou que a Áustria sempre tem apoiado a ideia de as sanções prejudicarem mais aquele contra quem são impostas em vez daqueles que as impõem.

"É por isso que a posição da Áustria implica que o embargo ao gás [russo] é impossível. Não só porque a República da Áustria depende do gás russo, mas também porque a indústria alemã sofre desta dependência e, caso ela perca a sua estabilidade, o mesmo acontecerá com a austríaca", disse Nehammer durante uma coletiva de imprensa em Viena após as negociações com o primeiro-ministro húngaro.

Chanceler austríaco, Karl Nehammer, durante uma coletiva de imprensa em Viena, Áustria, 7 de dezembro de 2021
Ao mesmo tempo, a Hungria segue se manifestando contra o embargo ao gás russo. Segundo o líder húngaro Viktor Orbán, a Hungria tem outros países que a apoiam neste assunto.

"Estamos perante um muro denominado 'embargo ao gás'. Proponho que a União Europeia não bata nele, e não estou sozinho neste assunto", afirmou Orbán em uma coletiva de imprensa conjunta com o chanceler austríaco em Viena.

Na semana passada, a Comissão Europeia propôs um novo regulamento para a redução coordenada do uso de gás em todo o bloco como forma de diminuir sua dependência das importações e resistir à alta de preços. A meta inicial de 15% deve começar a partir de 1º de agosto de 2022 e durar até 31 de março de 2023.
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