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Líder do governo Bolsonaro pediu dinheiro a empresário investigado pela PF, diz mídia

Operação realizada pela Polícia Federal (PF) encontrou uma troca de mensagens do líder do governo Jair Bolsonaro (PL) no Congresso, o senador licenciado Eduardo Gomes (PL-TO), com um empresário investigado por lavagem de dinheiro e fraudes em licitações no Tocantins.
Sputnik
Reportagem do jornal O Globo indica que a PF encontrou mensagens enviadas pelo senador ao empresário Jorge Rodrigues Alves com pedidos de depósitos bancários e sugestões de troca de favores. Segundo o parlamentar, a conversa era sobre um empréstimo que acabou não sendo concretizado.
A descoberta ocorreu diante da deflagração da Operação Lavanderia, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e fraudes em licitações no Tocantins. Rodrigues Alves, que atua nos setores de construção civil e iluminação, é um dos alvos.
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Diante das descobertas, a Polícia Federal enviou o inquérito para a 4ª Vara Federal do Tocantins, solicitando que o caso vá para o Supremo Tribunal Federal (STF) por envolver um parlamentar.

"Há, por fim, diversas conversas entre Jorge e o senador Eduardo Gomes, indicando que Jorge aparentemente paga contas para o senador e lhe envia dinheiro, assim como lhe pede favores e intercessão em assuntos de suas empresas", diz a PF no ofício obtido por O Globo.

Em uma das mensagens flagradas pela PF, Gomes pediu dinheiro "para custear o buffet de uma festa". Alves deu sinal positivo: "Como seria? Direto no buffet? Quanto? Estamos juntos, amigo". Diante disso, o senador passou a conta bancária de uma mulher.
Rodrigues Alves teria custeado despesas de campanha do senador, eleito em 2018.
A PF aponta que o parlamentar, que na época era vice-líder do governo Bolsonaro, se movimentou em 2019 para adiar uma portaria do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) que prejudicava o empresário.

"Preciso muiiiiito de sua ajuda. Portaria 20 do Inmetro. Precisa ser URGENTEMENTE suspensa ou adiada", disse o empresário Rodrigues Alves em uma das mensagens.

O pedido foi atendido: a portaria foi adiada.
Em nota, o senador negou irregularidades.
"Jamais houve qualquer pagamento ou repasse ao senador Eduardo Gomes nos casos questionados. As mensagens trocadas são autoexplicativas: tratam-se de pedidos de empréstimos a um amigo, mas que não se efetivaram. Assim como não houve qualquer intermediação ou negócio irregular. No exercício do mandato, o senador somente dá seguimento a eventuais demandas quando estas são de interesse público, de forma transparente e responsável", disse.
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