As medidas requeridas pelo Senado incluem limites para exportações de dupla utilização, bem como renúncia à imunidade soberana para processar a Rússia nos tribunais dos EUA, disse o senador republicano Lindsey Graham nesta quinta-feira (28).
"Isso designa a Rússia como um 'Estado patrocinador do terrorismo' sob a lei dos EUA. O que isso significa? Significa que fazer negócios com a Rússia com essa designação se torna extremamente difícil. Tem sanções de segunda camada, [que] limitariam itens de exportação de dupla utilização e, o mais importante, renunciariam à imunidade soberana quando se tratasse de processar a Rússia nos tribunais dos EUA", disse Graham durante uma coletiva de imprensa.
O senador disse acreditar que designar a Rússia como um "Estado patrocinador do terrorismo" se tornará um "pesadelo" para o país.
Nesta quinta-feira (28), o Senado dos EUA aprovou uma resolução não vinculativa que pede ao Departamento de Estado que designe a Rússia como "Estado patrocinador do terrorismo" por suas ações na Chechênia, Geórgia, Síria e Ucrânia.
Até agora, a Casa Branca vem rejeitando a rotulação.
Moscou tem repetidamente criticado as iniciativas dos EUA de designar a Rússia como patrocinadora do terrorismo, enfatizando que tal medida pode ser um golpe fatal nas relações bilaterais.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, caracterizou o movimento potencial como um "golpe de propaganda" e uma "campanha de difamação".
Em abril, ela descartou a medida proposta, a classificou de "idiota por natureza" e disse que a Rússia retaliaria.
Até agora, o governo dos EUA designou Cuba, Coreia do Norte, Irã e Síria como "Estados patrocinadores do terrorismo".