A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na quinta-feira (29) o projeto de lei CHIPS plus, de US$ 280 bilhões (R$ 1,45 trilhão), que tem o objetivo de aumentar a produção interna de microchips e tornar o país mais competitivo contra a China.
O projeto de lei destina US$ 52,7 bilhões (R$ 273,21 bilhões) em subsídios para a fabricação de chips de computador nos EUA. Ele também prevê um crédito fiscal de 25% para a fabricação de semicondutores, US$ 1,5 bilhão (R$ 7,78 bilhões) ao desenvolvimento tecnológico a empresas americanas dependentes de telecomunicações estrangeiras e mais US$ 10 bilhões (R$ 51,84 bilhões) para o Departamento de Comércio criar 20 centros tecnológicos regionais.
O CHIPS plus foi aprovado com 243 votos a favor e 187 contra, com a maioria dos republicanos se opondo fortemente a ela. O texto será agora enviado à mesa de Joe Biden, presidente dos EUA, para sua assinatura.
"É ridículo, um gasto fora de controle para o qual não temos dinheiro, tornou-se um monstro", disse Jody Hice, congressista republicano, à emissora NBC News, antes da votação, enquanto dois outros republicanos, Kevin McCarthy e Steve Scalise, consideraram que os financiamentos ajudariam "uma indústria específica que não precisa de mais subsídios governamentais".
No entanto, os apoiadores do projeto de lei o apresentaram como uma forma de aliviar a atual escassez de microchips e ajudar a indústria nacional de semicondutores. Alguns legisladores argumentam que a aprovação do pacote era fundamental para a segurança nacional e para lidar com a China. Os EUA importam atualmente muitos de seus microchips de alta tecnologia de Taiwan, e a possibilidade de um ataque de Pequim à ilha tem levantado preocupações entre os legisladores.