"O Reino Unido ainda está tentando regatear seu papel na Europa após o Brexit. Qualquer que seja esse papel, a prontidão para apoiar os aliados com armas é um dos instrumentos mais valiosos do governo britânico", diz a publicação.
Londres apoia Kiev ativamente ao fornecer o armamento à Ucrânia, além de treinar soldados ucranianos nas bases militares britânicas. Boris Johnson, o ex-primeiro ministro britânico que renunciou ao cargo há pouco, visitou a Ucrânia, liderada por Vladimir Zelensky, por várias vezes.
Em meados de julho, o ministro da Defesa ucraniano, Aleksei Reznikov, comunicou ter recebido de Londres a primeira remessa de veículos blindados e sistemas autopropulsados de lançamento de foguetes M270, de produção norte-americana. De acordo com o secretário da Defesa britânico, Ben Wallace, esses sistemas de lançamento de foguetes guiados com um alcance de tiro de até 70 quilômetros serão enviados à Ucrânia apesar de todos os avisos por parte da Rússia.
A partir de 24 de fevereiro, a Rússia tem conduzido uma operação militar especial para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que a operação visa "defender as pessoas, que ao longo de oito anos têm sofrido intimidações e genocídio por parte do regime de Kiev". Segundo Putin, o objetivo final da operação é a libertação de Donbass, junto com a criação de condições que garantam a segurança da própria Rússia.
Nesse contexto, os EUA e seus aliados da OTAN seguem inundando a Ucrânia com armas. O presidente norte-americano Joe Biden assinou um projeto de lei sobre lend-Lease, dezenas de milhares de dólares foram alocados para ajudar Kiev militarmente. Moscou, por sua vez, tem repetidamente declarado que o fornecimento de armas pelo Ocidente apenas faz com que o conflito se prolongue, enquanto os meios de transporte carregando armamentos se tornam um alvo legítimo das tropas russas.